quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

imperecível

os astros indicavam que eles tinham se encontrado, e de fato, tenho que concordar com isso. estranho jeito como se aproximaram, espantoso modo como se apegaram e em tão pouco tempo viveram uma vida inteira. aquela falta que faz toda noite antes de dormir, aquele grito de saudades na forma de uma mensagem no celular. na cabeça as lembranças das noites, dias e momentos. tantas coisas já descritas, tantas memórias já revividas nas palavras que constantemente são repetidas: rodoviária, colar, sol, CHUVA, MUITA CHUVA, mar, sol de novo, estrelas, noites, MUITAS NOITES, cobertores, areia, fotos, carros, brigas, MAIS CHUVA, voltas pra casa, atrocidades, FOGO, sair correndo. RISADAS, filmes, te ver dormindo no meu colo, meu médico em tempo integral. beatles e sesto sento. trilha eletrônica sonora. mais coisas vividas em um mês do que uma vida inteira. novas sensações, novas loucuras, novas pessoas, novo amor. novo amor? amor, detesto ter que dizer que eh amor, amor do tipo mais puro. inocente e nasty. de querer sempre por perto, bebedeiras e cobertas num dia frio. aquele arrepio inconfundível, aquele olhar tão, tão meu. tão proibido! milhares de prós e alguns contras, contras tão... relevante?! obstáculos, obstáculos, pessoas no caminho. passados não tão fáceis assim de serem deixados para trás, pessoas que talvez seja mais difícil do que parece de se esquecer. estanho modo como tudo isso permanece, intacto, na memoria. saudade é a certeza de que o passado valeu a pena. vale a pena largar um ano e pouco por um amor de verão?! vale a pena largar um amor de verão por um ano e pouco?! amores de verão e o pensamento clichê de não subir a serra, mas por um momento eu juro que pensei que NÓS iríamos provar o contrario.