a escrita sempre me encantou muito, desde muito pequena isso. culpa do meu pai que me acostumou a dormir só depois de ouvir - ou depois de um tempo, ler uma história.
apesar de não ter o dom de transmitir muito bem o que se passa na minha cabeça através das palavras, tenho sempre um pedaço de papel e uma caneta na bolsa, não importa aonde eu vou, que horas volto e o tamanho da minha bolsa. letras, palavras, frases, pensamentos. me arrependo até o último cacho do meu cabelo das vezes que sai sem uma bendita caneta e um papel, é sempre nessas horas que minha cabeça vira em um turbilhão de pensamentos e tudo o que eu mais quero é fazer uma anotação - aliás, guardanapos sejam louvados.
esses dias não lembro como achei uma comunidade no orkut que intitulava-se: escritores que não escrevem.
deixo de postar muita coisa aqui por perder pensamentos em janelas de ônibus, caminhadas na madrugada de volta pra casa e arrumações no meu quarto. de contra-partida, perdi as contas das vezes que larguei tudo que fazia para abrir o bloco de notas e deixar registrado uma ou outra coisa, mesmo que isso não seja publicado. sempre assim, quando tenho qualquer outra coisa pra fazer é que me sinto a vontade de brincar com as palavras, procurar sinônimos e outras formas e não o clichê de dizer o que penso.
aliás, como eu queria ter um gravador na mente, já que minha memória não funciona pra nada. é incontável pensamentos que perco junto com a água da cozinha e incrível essa coisa da minha cabeça funcionar tanto quanto os movimentos já mecanimos dos braços ao lavar a louça.
meu problema é que tenho muito mais facilidade em relatar a dor e o amor do que um belo dia de sol. parece que as palavras vêem junto com as lágrimas que escorrem com facilidade no meu rosto, ou que é imensamente mais prazeiroso dizer o quanto se ama alguém tanto quanto ouvir - ou ler - o mesmo. culpo isto então a invasão do copy&paste que esse blog tem tido ultimamente, já que foi então tirado de mim o maior motivo de brincar com as palavras.
de qualquer jeito, por hoje - eu acho - que é só.
vou voltar aos livros e o caderno de física, já que era isso que fazia até ter vontade de escrever o que tu acabas de ler.
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