terça-feira, 23 de setembro de 2008

literatura de colégio

oi, meu nome é carol. ou pelo menos é assim que todos me chamam. na carteira de identidade consta carolina rossato dal toé, mas prefiro omitir o segundo sobrenome. sabe, problemas na infância.
nasci no dia 15 de dezembro de 1992, aqui mesmo em caxias, não lembro de minha mãe ter comentado algo sobre o tempo, mas eu sei que já era tarde da noite.
minha mãe se chama viviane kátia rossato, e digo isso com a boca cheia! apesar dos muitos desentendimentos causados pela forte personalidade e ambição de ambas, ela é meu orgulho maior, meu exemplo de gente! meu pai? bom, esse é um assunto que prefiro nem comentar, e se possível, nem citar nomes.
cresci de um jeito diferente, pelo menos da maioria dos meus amigos. nasci em uma família de classe alta, freqüentava um dos melhores colégios da cidade, e tudo, tudo era sempre do bom e do melhor. mas os negócios do papai depois da separação começaram a despencar e em pouco tempo me vi num mundo totalmente diferente da realidade que eu conhecia até então.
mudei de colégio, deixei o apartamento de certo luxo que vivíamos e vi meus pais se separando. e eu, de certo modo sozinha, criança no meio de uma guerra de egos. e assim passei a minha infância, indo e vindo, entre o mundo de amor, carinho e cuidado da minha mãe e agressividades e grosserias do meu pai.
não digo que gostei de tudo isso que passei, mas talvez eu até agradeça ter passado por tudo isso. há certas coisas que só aprendemos vivenciando, e eu, com certeza, aprendi muito com tudo isso que me fez sofrer mas crescer, criar uma cabeça e uma responsabilidade muito maior do que deveria desde aquela época.
hoje eu moro com a minha mãe, minha irmã e minha avó numa casa no centro da cidade. não há nem como comparar meu antigo apartamento com a casa que vivo agora, mas sabe, eu gosto de lá, gosto do meu cantinho! impossível falar de mim sem citar meu quarto, meu canto que é um tanto quanto peculiar! acho que defino ele, e indiretamente a mim também, em cores, formas, palavras, rostos e corpos.
minha parede é revestida por revistas de moda. alguns cantos com xadrez verde, muitos murais e conseqüentemente mais muitas fotos, desenhos e anotações. momentos e pessoas, planos talvez. tudo aquilo que me rodeia e que me faz bem. aquilo que acredito. quadros, de ídolos e de seres que protegem e me guiam.. um filtro dos sonhos! meu quarto reflete o que eu sou, talvez a confusão, mistura e bagunça que há na minha cabeça.
tenho alguns gostos estranhos e uma personalidade forte, talvez por isso haja tanta gente que não goste de mim..
apesar de já ter passado por várias "fases", como todas as pessoas, e que me critiquem por ter "mudado", acredito que isso não seja errado. faz parte da evolução. as pessoas crescem, a cabeça, gostos e crenças mudam, e precisamos nos adaptar e evoluir sempre para o nosso melhor, até encontrar o nosso real lugar.
eu gosto de filmes fortes como moulin rouge e clássicos com seus duplo-sentidos como alice no país das maravilhas.  música antiga, o bom e velho rock'n'roll do tipo beatles, mas não dispenso a musica eletrônica e a tal mal falada rave.
quando são citadas, as raves costumam causas certas manifestações erradas, formadas por gente cheia de pré-conceitos, sem nem saber exatamente o que estão falando. criticam um lugar que não há rótulos nem diferenças. estamos lutando para que a visão das pessoas mude. na rave não há só drogas, álcool e uma música que para muitos não passa de zumbidos, como todo mundo pensa.
pense em algo que te faz bem. algo ou alguém! eu, eu gosto de passar horas e mais horas dançando no meio do mato, ver a lua virar sol, enterrar as botas na lama! voltar para casa de alma lavada, leve, cansada, suja e feliz. é isso que me faz bem, me faz sentir viva!
só sinto por aqueles que insistem em acreditar na idéia errada que foi implantada na sociedade sobre isso. antes de criticar algo, por favor, dê-se o trabalho de descobrir o que realmente é, não o que dizem.
tenho uma rotina pesada. meu dia deveria ter 36h, no mínimo. além do colégio, que me faz acordar às 6h da manha de segunda à sexta, trabalho com design e editoração gráfica. que apesar de cansativo, eu gosto. encaro isso como aprendizado, pois é o futuro que quero ter.
desde sempre o mundo hi-tech me encanta. tudo que sei aprendi sozinha, fuçando mesmo, brincando de fazer coisa séria. o photoshop e o corel draw que antes eu usava apenas de brincadeira para editar minhas fotos, hoje tenho que encará-los com muito mais seriedade e responsabilidade.. prazos e cobranças.
freqüento um grupo de meninas que faz parte da maçônaria, chamada ordem internacional das filhas de jó. é complicado falar sobre este assunto, pois também há muitos pré-conceitos ao redor da maçônaria e por nós não podermos revelar o "segredo" e o que há realmente nisso tudo, nós fechamos olhos e ouvidos para o que os outros dizem. o que eu posso dizer sobre isso é que lá eu tenho mais que amigas, tenho irmãs. e um porto-seguro.
de uma forma clichê de se escrever, eu sou assim, uma mistura, uma confusão em forma de gente. complicada mas feliz.
há coisas inexplicáveis na minha vida, há coisas e pessoas que eu queria citar, mas não posso. o que é fora do padrão se torna errado e é descriminado.
mas estamos ai, seres do bem em busca de um mundo melhor!
enquanto isso não acontece, eu vivo do meu jeito, entre mundos e pessoas, cores, formas e palavras. na confusão de um mundo só meu!

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